TÉCNICAS ESPECIFICAS DE KABAT
As técnicas de PNF têm o objetivo de aumentar a força, a flexibilidade e a coordenação, com ênfase na facilitação de estados neuromusculares e estruturais idéias, bem como na reeducação seletiva de elementos motores individuais. Nesse momento, ocorre o processo de aprendizagem de cada movimento, reforçando pela repetição. Os contatos manuais, o pré-posicionamento do paciente e os comandos verbais são utilizados para iniciar o controlar os movimentos.
O paciente deve aprender as técnicas de PNF, desde a posição inicial até a final, por meio de instruções verbais e rápidas, ou por estímulos visuais e táteis. Alongamentos rápidos aplicados nos músculo, antes de qualquer contração, facilitam as respostas musculares de força mais intensa.
As técnicas de PNF são eficazes para facilitar os exames e os tratamentos das disfunções estruturais e neuromusculares. As disfunções estruturais afetam a capacidade do corpo para assumir e executar posturas e movimentos ideais. As disfunções neuromusculares (incapacidade para coordenar e executar movimentos com eficiência) resultam do uso repetitivo, anormal e estressante dos sistemas articulares e miofasciais, em geral, precipitando os sintomas e as disfunções estruturais.
As técnicas descritas são:
1. Iniciação rítmica.
2. Combinação de agonistas.
3. Reversão de antagonistas:
a) Reversão dinâmica de antagonistas:
b) Reversão de estabilizações.
c) Estabilização rítmica.
4. Estiramento repetido (contrações repetidas):
a) Estiramento repetido no inicio da amplitude.
b) Estiramento repetido através da amplitude.
5. Contrair-relaxar.
6. Manter-relaxar.
1. Iniciação rítmica
Movimentos rítmicos realizados através da amplitude desejada, iniciado por movimento passivo, progredindo até o movimento ativo resistido.
Objetivos:
· Facilitar a iniciativa motora.
· Melhorar a coordenação e a sensação do movimento.
· Normalizar o ritmo do movimento, tanto por meio do aumento quanto da sua diminuição.
· Ensinar o movimento.
· Ajudar o paciente a relaxar
Indicações:
· Dificuldades em iniciar o movimento.
· Movimentos muito rápidos ou muito lentos.
· Movimentos incoordenados ou sem ritmo.
· Tensão geral.
Descrição:
· O terapeuta inicia o movimento passivamente o paciente através da amplitude de movimento utilizando a velocidade e o comando verbal para dar o ritmo.
· O paciente é solicitado a iniciar o trabalho ativamente na direção desejada. O retorno do movimento é realizado pelo terapeuta.
· O terapeuta resiste ao movimento ativo mantendo o ritmo com o comando verbal.
2. Combinação de Isotônicas
Contrações concêntricas, excêntricas e mantidas de um grupo muscular sem relaxamento.
Objetivos:
· Aumentar o controle ativo do movimento.
· Melhorar a coordenação.
· Aumentar a amplitude ativa do movimento.
· Aumentar a força muscular.
· Treinar o controle excêntrico funcional do movimento.
Indicações:
· Diminuição do controle excêntrico.
· Perda da coordenação ou da capacidade de se mover na direção desejada.
· Diminuição da amplitude de movimento ativa do movimento
· Movimentação ativa precária no meio da amplitude.
Descrição:
· O terapeuta resiste ao movimento ativo do paciente por meio da amplitude de movimento.
· No final do movimento, o terapeuta solicita ao paciente que mantenha a posição.
· Quando a estabilização é alcançada, o terapeuta diz ao paciente para permitir que o membro seja movido vagarosamente para trás, em direção a posição inicial
3. Reversão de antagonistas
Alternância do movimento ativo de uma direção a oposta, sem interrupção ou relaxamento.
Objetivos:
· Aumentar a amplitude ativa do movimento;
· Aumentar a força muscular; desenvolver coordenação;
· Prevenir ou reduzir a fadiga.
·
Indicações:
· Fraqueza do músculo agonista;
· Diminuição da capacidade de modificar a direção do movimento;
· Aparecimento da fadiga durante o exercício.
·
Descrição:
· Resistir o movimento em uma determinada direção;
· No final da amplitude o terapeuta inverte o contato manual na região dista;
· Quando o paciente atinge o final da amplitude o terapeuta dá o comando para a inversão da direção e muda seu contato proximal para aplicar resistência;
4. Reversão de estabilização (manutenção alternada)
Contrações isotônicas alternadas, com resistência oposta suficiente para prevenir o movimento.
Objetivos:
· Aumentar a estabilidade e o equilíbrio
· Aumentar a força muscular
Indicações:
· Diminuição da estabilidade
· Fraqueza muscular
· Inabilidade em realizar contrações isométricas.
Descrição:
· O paciente se opõe a força exercida pelo terapeuta;
· Quando o paciente resiste ao máximo à força, o terapeuta move uma das mãos e começa a aplicar resistência em outra direção.
5. Estabilização rítmica
Contrações isométricas alternadas contra uma resistência sem intenção de realizar movimento.
Objetivos:
· Aumentar a amplitude ativa e passiva do movimento;
· Aumentar a força muscular;
· Aumentar a estabilidade e o equilíbrio;
· Diminuir dor.
Indicação:
· Diminuição da amplitude de movimento;
· Dor em movimento.
· Instabilidade articular;
· Fraqueza de grupos musculares antagonistas;
· Diminuição do equilíbrio.
Contra-indicação:
· Envolvimento cerebelar;
· Pacientes incapazes de seguir instruções
Descrição:
· O terapeuta resiste a uma contração isométrica de um grupo muscular agonista. O paciente mantém a posição sem tentar mover;
· A resistência é gradualmente aumentada a força do paciente;
· Ao chegar ao potencial máximo do paciente o terapeuta move uma das mãos para resistir a parte distal do movimento antagonista.
6. Estiramento repetitivo (contrações repetidas)
6.2. Estiramento repetido no inicio da amplitude
Reflexo de estiramento provocado por músculos sob tensão de alongamento.
Objetivos:
· Facilitar a iniciativa motora;
· Aumentar a amplitude de movimento ativo;
· Aumentar a força muscular;
· Prevenir ou reduzir a fadiga;
· Guiar o movimento na direção desejada;
Indicações:
· Fraqueza muscular;
· Inabilidade em iniciar o movimento devido à fraqueza ou rigidez;
· Fadiga;
· Diminuição da consciência do movimento.
Contra-indicação:
· Instabilidade articular;
· Dor;
· Ossos instáveis devido a fratura e osteoporose;
· Lesões musculares ou tendões.
Descrição:
· O terapeuta dá um comando preparatório, enquanto alonga completamente todos os músculos de um padrão;
· Um rápido e leve estiramento deve ser aplicado para acrescentar um alongamento e evocar a resposta reflexa;
· Ao mesmo tempo o terapeuta dá um comando para unir a tentativa voluntária de contração do paciente com resposta reflexa;
· A contração muscular então é resistida.
6.3. Estiramento Repetitivo Através da amplitude
O reflexo de estiramento provocado por músculos sob tensão de alongamento.
Objetivos:
· Aumentar a amplitude ativa do movimento;
· Aumentar a força muscular;
· Prevenir ou reduzir a fadiga;
· Guiar o movimento na direção desejada.
Indicações:
· Fraqueza muscular;
· Fadiga;
· Diminuição da consciência do movimento desejado.
Contra-indicação:
· Instabilidade;
· Dor;
· Ossos instáveis devido a fratura e osteoporose;
· Lesões musculares ou tendões.
Descrição:
· O terapeuta resiste a um padrão de movimento, mantendo assim todos os músculos em contração;
· O terapeuta dá um comando preparatório para coordenar o reflexo de estiramento com uma nova e mais forte tentativa do paciente;
· Ao mesmo tempo o terapeuta alonga levemente os músculos por meio de uma resistência em excesso aplicada momentaneamente;
· Observa-se uma nova e mais eficaz contração muscular, que é resistida;
· O estiramento deve ser retido para a força ou para redirecionar movimento, enquanto o paciente move-se por meio da amplitude;
6.4. Contrair-relaxar
Contrações isotônicas resistidas dos músculos encurtados, seguidas de relaxamento e de movimento na amplitude adquirida.
Objetivos:
· Aumentar a amplitude passiva do movimento.
Indicação:
· Diminuição a amplitude passiva de movimento.
Descrição:
· O terapeuta ou o paciente move a articulação até o final da sua amplitude passiva.
· O paciente deve realizar uma forte contração do músculo encurtado;
· Permite-se um pequeno movimento para se certificar que todos os músculos a serem trabalhados estão em contração;
· Após aproximadamente 5 segundos o terapeuta diz ao paciente para relaxar;
· A articulação então é reposicionada até o novo limite de amplitude passiva;
· A técnica é repetida até que não ganhe mais amplitude;
6.5. Manter relaxar
Contrações isométricas resistidas, seguida de relaxamento.
Objetivos:
· Aumentar a amplitude passiva de movimento
· Diminuir a dor
Indicações:
· Diminuição da amplitude passiva do movimento;
· Paciente muito forte para a força ser controlada pelo terapeuta;
· Dor.
Contra-indicação:
Quando o paciente é incapaz de realizar contrações isométricas.
Descrição:
· O terapeuta ou o paciente move a articulação até o final da sua amplitude passiva;
· O paciente deve realizar uma forte contração do músculo encurtado;
· A resistência é aumentada gradativamente;
· Não há intensão de movimento;
· Após aproximadamente 5 segundos o terapeuta diz ao paciente para relaxar;
· A articulação então é reposicionada até o novo limite de amplitude passiva;
· A técnica é repetida na nova amplitude;
· No caso de dor o terapeuta pode aplicar nos músculos afetados pela dor ou em músculos distantes da área afetada. A resistência diminuirá gradativamente.
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