OSTEOPATIA

OSTEOPATIA

 
 
Não é massagem, mas é feita com as mãos e ajuda no tratamento de diversas dores do corpo. A osteopatia, também conhecida como terapia manual, é um sistema de tratamento preciso e sofisticado, baseado em princípios filosóficos estruturados na anatomia e fisiologia.

Segundo o fisioterapeuta Rafael Aquaroli, especialista em Osteopatia e Terapia Manual pelo Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual e membro da Clínica Equilíbrio Fit&Fisio, ligada ao Instituto de Patologia da Coluna, em São Paulo, o tratamento busca eliminar as causas de uma saúde prejudicada, fortalecendo o poder curativo básico que existe dentro do próprio corpo.

O método foi criado pelo médico norte-americano Andrew Taylor Still (1828-1917). Ele se tornou cirurgião e trabalhou na guerra de Sucessão. Nesse período, questionava-se sobre sua impotência para aliviar as dores dos feridos na guerra. Em 1892, Andrew Still criou a American School of Osteopaty.A técnica é uma alternativa para o tratamento de lesões do sistema neuro-músculo-esquelético. O tratamento promove bem-estar por meio de técnicas manuais avançadas, que interferem na estrutura corporal e restabelecem a função normal do organismo, proporcionando a cura desejada.

O fisioterapeuta Paulo Alberto Santana Misiagia, osteopata do Espaço A, em Rio Preto, explica que a osteopatia visa a localizar e corrigir as causas da dor. "A dor pode ser somente um alerta de que está com alguma alteração no organismo e isso que a osteopatia tenta buscar e corrigir no paciente." A osteopatia é indica para o tratamento de lombalgias, cervicalgias, ciatalgias, hérnias discais, síndrome do túnel do carpo e tendinites. Também é recomendado para fibromialgia, entorses, espasmos musculares, formigamentos, dormência nos braços ou pernas, cefaleia, torcicolos, dentre outros.

O osteopata afirma que a técnica é totalmente manual e não utiliza nenhum tipo de aparelho. "A partir do diagnóstico e do momento em que se descobre onde está o problema, é neste local que a osteopatia vai atuar. É totalmente manual e não dói. Porque o paciente tem de procurar a osteopatia para sair da dor, não para causar mais dor, então, durante a técnica, ele não pode sentir nenhum tipo de dor e sim um alívio da dor que ele apresenta", explica. O fisioterapeuta Aquaroli diz que os benefícios do tratamento são os mais diversos.

"A melhora da dor, mobilidade e qualidade de movimento de todos os tecidos do corpo tanto de pacientes que estão em crises agudas quanto dos que sofrem com dores crônicas, sendo que o mais importante não é apenas diminuir a dor do paciente, mas impedir a recorrência do problema, perpetuando uma boa qualidade de vida para esse indivíduo", diz.

O especialista em osteopatia diz que as técnicas podem ser aplicadas sobre estruturas do corpo, como: músculos, ossos, nervos, artérias e até vísceras. "Além dos problemas que afetam o nosso aparelho musculoesquelético, a osteopatia também possui incríveis resultados no tratamento de pessoas que sofrem de enxaquecas, gastrites, vertigens, insônia, refluxos, distúrbios intestinais, entre muitos outros", explica Aquaroli.

Em geral, os problemas de coluna são os mais tratados com a osteopatia. Misiagia diz que 90% da procura pelo método são de pacientes com algum problema de coluna. Segundo Aquaroli, a osteopatia é muito eficiente para este tipo de dor, pois o método considera a coluna a área mais nobre do corpo. "As doenças de coluna são as mais frequentemente tratadas e com os melhores resultados relatados", diz.

Não existe limite de idade para iniciar o tratamento osteopático, segundo Aquaroli. O fisioterapeuta diz que já existem osteopatas especializados em tratar de bebês recém-nascidos, com traumas durante o parto ou com problemas de refluxo. A técnica também é indicada para adolescentes com escolioses e desvios posturais, adultos com hérnia de disco, tendinites e gastrites e até idosos com queixas crônicas de coluna, insônia e vertigens. "É uma técnica que pode ser utilizada em todas as fases da vida."

O fisioterapeuta Paulo Misiagia diz que a osteopatia, além de ser um método de tratamento, é também de prevenção. "Muitas vezes, a dor já está instalada no paciente e, dependendo de algum movimento que ele fizer, a lesão vai aparecer. É aí que a osteopatia atua: a gente consegue diagnosticar uma lesão antes dela surgir", explica. Segundo Rafael Aquaroli, especialista em osteopatia, em muitos casos a técnica pode evitar uma intervenção cirúrgica. "Mesmo existindo um diagnóstico detectando uma lesão em alguma estrutura do corpo, uma hérnia de disco, por exemplo, o entendimento do problema não é feito apenas nessa lesão.

Ou seja, a hérnia de disco é só uma parte do problema. Existem inúmeras estruturas que podem participar dos sintomas do paciente naquele momento de crise", diz.

Ainda de acordo com o fisioterapeuta, dores de músculos, ligamentos, nervos, bloqueio articulares podem estar contribuindo mais para o quadro clínico do paciente do que propriamente a hérnia de disco. Neste caso, a avaliação e o entendimento da condição do paciente são fundamentais.

"Esta é a grande diferença da osteopatia para a medicina e fisioterapia tradicional: no caso da osteopatia, o raciocínio e plano de tratamento não são feitos para doença e sim para o paciente. Portanto, o nome e tipo da doença são importantes, mas a condição clínica e funcional do paciente é que determina o sucesso do tratamento", complementa.

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