Quem está exposto à essas infecções? Como são tratadas? Quais as suas complicações? Como minimizar os riscos?

Quem está exposto à essas infecções? Como são tratadas? Quais as suas complicações? Como minimizar os riscos?
A infecção hospitalar é aquela adquirida no hospital e que não estava presente ou em incubação quando da admissão do paciente. Ela pode manifestar-se durante a internação ou mesmo após a alta.

Quais os agentes causadores?

A infecção é causada por microrganismos ou micróbios – organismos vivos invisíveis a olho nu – que podem ser classificados em: bactérias, fungos, vírus e protozoários, existentes no ambiente hospitalar, em outros ambientes e mesmo no próprio organismo.
Como se transmite?

A infecção é resultante da interação entre: os microrganismos, sua fonte de transmissão e o hospedeiro. Em outras palavras, a infecção depende da quantidade de microrganismos que atinge o indivíduo, da capacidade deste germe em causar infecção, do seu modo de transmissão e da resistência imunológica do indivíduo (como ele responderá a esta agressão).

Os microrganismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos; por isso, é fundamental a higiene das mãos. Há também outras maneiras de transmissão: por meio de água e alimentos contaminados; das gotículas que saem da boca quando falamos; ou pelo ar, quando respiramos pó e poeira que contém microrganismos.

Os riscos de aquisição desta infecção podem ser agrupados em:

Relacionados aos cuidados prestados: associada aos microrganismos presentes nas mãos dos profissionais de saúde, no ambiente ou no organismo do paciente. Geralmente estão relacionadas a procedimentos invasivos (por exemplo, intubação para auxiliar a respiração, passagem de cateteres venosos, cateteres no sistema urinário, cirurgias etc.). Em algumas situações essas infecções, especialmente as que ocorrem após cirurgias, podem ser prevenida com o uso de antibióticos.
Relacionados à organização: sistemas de ventilação de ar e de água, disponibilidade de profissionais (por exemplo, a relação entre número de enfermeiras dedicadas a atender um determinado número de leitos), e estrutura física (mais de um leito no mesmo quarto, a distância entre estes leitos, presença de pias, papel toalha, gel alcoólico para higiene das mãos etc.).
Relacionados à condição clínica do paciente: infecção associada à gravidade da doença, o comprometimento da imunidade do paciente, a tempo da internação etc.

Quem está mais exposto ao risco de adquirir a infecção hospitalar?

Recém-nascidos, idosos, diabéticos, pessoas com câncer e transplantados apresentam maiores riscos, pois estes possuem alterações em seu sistema de defesa contra os microrganismos.
Como são tratadas essas infecções e quais as suas complicações?

O tratamento da infecção hospitalar geralmente é feito com antibióticos.

A maior complicação da infecção hospitalar é o fato de poder acarretar problemas médicos adicionais, como a necessidade de re-intervenção cirúrgica ou a ocorrência de efeito colateral relacionado ao antibiótico administrado. Além disso, pode ser necessária a re-internação do paciente no hospital ou seu tempo de permanência ser maior do que o planejado inicialmente.
O que podem fazer pacientes e visitantes para minimizar o risco de transmissão da infecção hospitalar?

É importante lembrar que a prevenção pode reduzir o número de pacientes acometidos por esta infecção e, com isso, diminuir o uso de antibióticos, o tempo de permanência destes pacientes no hospital e os danos associados à infecção. Por isso, este deve ser um esforço de todos: profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas etc.), visitantes e pacientes.

A higiene das mãos – que devem ser lavadas com água e sabão ou utilizando o gel alcoólico – é uma medida simples, mas muito efetiva para reduzir este risco. Portanto, o paciente pode colaborar observando e lembrando os profissionais e visitantes a realizarem este ato. Pessoas resfriadas, gripadas, crianças com infecções próprias da infância não devem visitar pacientes internados.

Fonte: Hospital Albert Einstein

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