Corrente Galvânica e Farádica e Iontoforese
Corrente Galvânica e Farádica e Iontoforese
CORRENTE GALVÂNICA: é uma das mais aplicadas e conhecidas em eletroterapia, pode ser chamada de corrente contínua.
* ação físico- química: a) produção de calor (relação direta com a resistência específica do meio utilizado;b) dissociação (aplicação da eletroterapia faz as cargas começarem a se orientar no sentido da corrente que passa e as moléculas se separarem); c) iontoforese (deslocamentro da partícula flu´ída, provocando uma zona edemaciada); e) ação estimulante (diretamente proporcional a intensidade); f) mudança de permeabilidade.
* Ação biológica: a pele produz uma resistência muito alta com enorme diferença de potencial. Corpo humano = células de polarização.
EFEITOS FISIOLÓGICOS: São determinados pela ação da corrente sobre os nervos vasomotores - hiperemia ativa, (pólo positivo - pólo negativo). Os nervos vasomotores ficam hipersensibilizados e profundos por longo tempo, produzindo reflexamente, a nível superficial e profundo uma maior oxigenação tecidual; consequentemente um aumento na irrigação, aumento do aporte sangüíneo, da metabolização de substâncias como nutrientes, eletrólitos, anticorpos e leucócitos, favorecendo a reparação e defesa. Como o fluxo da corrente dá-se do pólo positivo para negativo, carregando líquidos e bactérias,.este pólo positivo é considerado antiinflamatório e bactericida.(MACHADO,1991)
* Reações vitais: a) hiperemia, b) parestesia; c) narcose galvânica; d) excitação espástica; e) vasodilatação; f) bactericida; g) antiinflamatória; h) analgésica; i) tonificação muscular.
EFEITOS ANALGÉSICOS: Por aumentar o limiar de excitabilidade das fibra nervosas sensitivas ocorre a diminuição dos estímulos dolorosos, por isso, a corrente galvânica produz analgesia pela diminuição da pressão nos lugares edemaciados, uma vez que a condução de líquidos ocorre do pólo positivo para negativo. Assim, acontece uma diminuição da acidez e diminuição do tônus das fibras nervosas simpáticas condutoras de dor. (MACHADO,1991)
* Observação: acomodação muscular ocorre quando os estímulos elétricos aumentam sua intensidade lentamente sem provocar nenhuma contração muscular, até chegar a 3-5 vezes. Parece estar associada a DIFUSÃO ELETROLÍTICA.
CUIDADOS:
*Evitar contato direto metal/pele,usando esponja adequada;
* não cruzar cabos:
* retirar objetos metálicos, bem como não aplicar em implantes metálicos superficiais;
* observar apolaridae correta, segundo a enfermidade;
* testar a sensibilidade térmica e dolorosa;
* saturar adequadamente e frequentemente as esponjas para manter boa condutibilidade;
* colocar os eletrodos uniformenete à pele;
* zerar o aparelho antes do tratamento, não aumentar ou diminuir bruscamente a intensidade;
*não desligar o aparelho, sem zerá-lo;
* explicar as sensações ao paciente;
*manter em boa manutenção o aparelho,
* o contato irregular e direto do jacaré de fixação provoca queimaduras;
INDICAÇÃO DA CORRENTE GALVÂNICA:
PÓLO POSITIVO:
*artrite( fase crônica);
*artralgia
*caiatalgia
*distensão
*bursite
*introdução de íons positivos,
*loimbalgia;
*mialgia
*neuralgia
*neurite,tendinite.
PÓLO NEGATIVO:
*artrose;
*contusão.distensaõ;
*fibrose,hidrataçõa tecidual;
*introdução de íons negativos;
* transtornos tróficos;
*enfermidade de Raynaud.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO:
* despir a área, posicionar o paciente comodamente e relaxamente;
* examinar a área a ser tratada, testar sensibilidade;
* questionar sobre implantes metálicos;
* limpar a área com álcool e sabão neutro;
* fixar os cabos,observando polaridade;
* aumentar gradativamente a corrente galvãnica até o formigamento (25min)- findando o tempo diminir a intensidade;
* desligar o aparelho e examinar a área tratada.
CORRENTE FARÁDICA: possui impulso de curta duração de modo que ajuda aumentar a tolerância com relação à sensibilidade. Utilizada em casos de estimulação muscular recuperativa e a respiração comandada no efisema, bronquiectasia e asma brônquica.
OBSERVAÇÃO:
* Estímulos analgésicos: quanto mais curta for a duração, a pausa mais rápida e sua sucessão mais perto da articulação ocorrerá contração da capa muscular que a envolve. Os estímulos longos seguidos de pausa mais ou menos longa, atuam como bombas de compressão e descompressão, contraindo os músculos grandes e expelindo com ele o sangue que circula na região que se encontra entre os eletrodos.
Utilização de 50-70mseg para transtornos venosos, como estases, edemas pós-traumáticos por inatividade.
EFEITOS FISIOLÓGICOS:
A ação da corrente farádica sobre os nervos motores provoca contração muscular sendo a estimulação sobre o ponto motor a responsavél por maior excitabilidade e contração mais eficiente. Nos nervos sensitivos, produz sensação de comichão ou leve ardência; a nível muscular, produz contração voluntária- trabalho muscular; sobre as fibras musculares, leva ao aumento do volume , melhorando a resistência e foça. No retorno venoso, provoca contração e relaxamento muscular sobre os vasos linfáticos e sangüíneos- provocando melhoras na circulação, aumentando o aporte de oxigênio e a metabolização.(MACHADO,1991)
* TRATAMENTO POR IMPULSO COM INCLINAÇÃO VARIÁVEL, IMPULSOS EXPONENCIAIS: se aplica às paralisias de açaõ degenerativa( musculatura de fibras transversais que não respondem às placas terminais motoras). O tratamento fundamenta-se no princípio de dirigir isoladamente cada músculo em tratamento à uma contração rítmica. Com as vantagens de que os músculos degenerados lisos necessitam de um tempo maior de estimulação, não apresentando acomodação respondendo á uma excitação elétrica que alcança sua intensidade máxima progressivamente.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO:
*técnica bipolar:
* despir e examinar a área, testar a sensibilidade;
* posicionar o PC;
* zerar, ligar o aparelho;
* moldar os eletrodos à pele, saturar a esponja em solução de NaCl a 2% ou água morna;
*eletrodo positivo colocado no início do ventre muscular ou origem muscular.
INDICAÇÃO
A corrente farádica é usada quando seu objetivo for de produzir contrações musculares e, somente, quando estas não puderem ser realizadas voluntariamente. A partir do momento que o paciente conseguir contrair seus músculos ativamente voluntária, deve-se substituir a corrente farádica por cinesioterapia.
da forma bipolar: estimulação de grupos musculares (mm grandes e médios);
da forma unipolar: estimulação de um músculo pequeno e estimulação muscular seletiva.
principais indicações: paresias, atrofias, reabsorção de edema traumático, diminuir ou evitar aderência, melhorar a circulação.
Contra-indicações:
Estados febris;
Extremos de idade;
Paralisia espática;
Degeneração do axônio;
Secção do axônio;
Perda de sensibilidade;
Paralisia flácida com reação de degeneração;
Região pré-cordial.
IONTOFORESE: é a introdução de íons medicamentosos no tecido com o auxílio da corrente galvânica com fins terapêuticos. Os íons penetram no tecido pela repulsão proveniente do pólo do eletrodo que é de mesmo sinal do medicamento, soluções aquosas ou pomadas que se dissociam em íons. Estes são reabsorvidos pela rede local e levados pela circulação sangüínea a todas as regiões do corpo. A profundidade de penetração depende da circulação e da velocidade de absorção do íon pelo tecido. Quem determina a concentração ou a quantidade iônica é a intensidade da corrente e o tempo de aplicação; por via de regra, durante um tratamento de 20 minutos, pode-se introduzir alguns miligramas de medicamentos a uma profundidade de 2 a 3 mm. (GUTMANN, 1991)
SUBSTÂNCIAS MEDICAMENTOSAS:
brometo
cobre
cloreto
histamina
cílio
salicilato
iodeto
SUBSTÂNCIAS USADAS NO PÓLO POSITIVO:
Bicloroidrato de histamina - 0.002 %
Tempo de aplicação: 2, 3, 4 e 8 minutos.
Indicação: enfermidade de Raynaud
Efeito: melhora os transtornos circulatórios devido a vasodilatação.
CLORETO DE LÍTIO - 1%
Tempo: 25 minutos
Indicação: Gota
Efeito: eliminação de ácido úrico.
solução de novocaína - 2%
Tempo: 25 minutos
Indicação: dor localizada
Efeito: analgésico
sulfato de cobre -2%
Tempo: 25 minutos
Indicação: bursite calcificada
Efeito: analgésico e reabsorção de calcificação
nitrato de acohitina - 0.2 %
Tempo: 25 minutos
Indicação: neuralgia do trigêmio ou ciatalgia
Efeito: açào enérgica das neuralgias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GUTMANN, A. Zauner. Fisioterpia Atual. 2a edição. Barcelona: Pancast editora, 1991.
LUCENA, Carlos. Eletroterapia. 1a edição. Curitiba: Editora Lovise, 1990.
MACHADO, Clauton M. Eletrotermoterapia Prática. 2a edição. São Paulo: Pancast editorial, 1991.
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