Neurodinâmica (Mobilização Neural)
Os distúrbios neurogênicos são comuns sua incidência é provavelmente
subestimada (Benett 1997). Com o desenvolvimento recente do seu tratamento, é
reconfortante que eles possam agora ser tratados com métodos físicos não-invasivos. A
noção de mecânica neural adversa esteve presente por muitos anos e provavelmente é
maior que a conhecida. Documentadamente ou não, a primeira descrição conhecida de
um teste neurodinâmico foi a do papiro de Edwin Smith escrita por Imhotep em 2800
A.C., no qual uma manobra de estiramento da perna foi realizada no diagnóstico de dor na
coluna lombar em trabalhadores que participaram da construção das pirâmides do
Egito (Beasley 1982; Dick 1984).
No contexto da terapia, a mobilização neural tem experimentado um grande
desenvolvimento, particularmente nos últimos 35 anos, desde que Gregory Grieve, Dr.
Alf Breig, Geoffrey Maitland, Robert Elvey e David Butler publicaram seus trabalhos. Tal
conhecimento da função mecânica do sistema nervoso foi desenvolvido ao ponto de o
conhecimento em neurodinâmica tornar-se uma necessidade para fisioterapeutas que
lidam com a dor e com o sistema músculo-esquelético. Um artigo de Grieve (1970)
comentou, pela primeira vez na literatura em fisioterapia, a noção de sensibilização dos
tecidos neurais como um fator-chave na produção dos sintomas. Ele mencionou a
possibilidade de os tecidos neurais inflamados poderem ser mais prováveis de produzir
testes neurodinâmicos anormais em oposição àqueles nos quais a pressão foi exercida por
patologias como hérnia de disco. Ele citou ainda a possibilidade de o processamento do
sistema nervoso poder ser um método pelo qual os testes neurodinâmicos possam mudar
com a terapia manual da coluna. Esses aspectos têm sido reformulados e podem juntos ser
pontos-chave do pensamento atual na neurodinâmica clínica.
As mobilizações neurais, particularmente os estiramentos, têm sido, às vezes, o esteio
do tratamento, ao passo que deveriam ser aplicadas de uma forma dirigida a como o corpo
realmente se move, isto é, em um modelo integrado que inclui a dinâmica relativa entre o
sistema neural e o músculo-esquelético.

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