A IMPORTÂNCIA DA PATELA.
A patela tem como principal função aumentar a eficácia do quadríceps, deslocando para frente a sua força de tração. Quando sofremos um procedimento cirúrgico que envolve o mecanismo extensor a ponto de necessitarmos permanecer em extensão total por determinado tempo, temos a real ideia do gasto energético consumido para movimentarmos nosso segmento inferior.
Analisando as figuras com seus vetores de força entendemos o quanto consideravelmente muda as forças vetoriais do aparelho extensor na ausência da patela.
A força quadricpital (Q) atua sobre a patela e compõe dois vetores (FIGURA 1). Um de força (Q1), dirigida ao eixo de flexo-extensão, coaptando a patela na tróclea e a força (Q2) dirigida no prolongamento do ligamento menisco patelar. Por sua vez, essa força (Q2), aplicada sobre a tuberosidade anterior da tíbia (TAT), se decompõe em outros dois vetores perpendiculares a ela mesma: Uma força dirigida ao eixo de flexo-extensão (Q3) encaixando a tíbia sob o fêmur e outra força (Q4) tangencialmente fazendo a tíbia deslizar para frente em relação ao fêmur.
Quando nos deparamos com pacientes patelectomizados (FIGURA 2), entendemos então que a inserção do quadríceps (Q) sendo idêntica a natural, dirige uma força então a tróclea e a TAT, decompondo outros dois vetores de força (Q5 e Q6), onde (Q5) aumenta a força de coaptação da tíbia diminuindo o espaço articular tíbio femoral, limitando o arco de movimento e (Q6) diminuindo o componente tangencial, diminuindo o braço de força consideravelmente em relação a (Q4), perdendo assim eficácia para extensão do joelho.
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